09 outubro, 2009

Mitos e Lendas

Poucas pessoas falam, mas a chegada de um bebê traz junto muito trabalho, contas e opiniões. Acho que uma das coisas que mais incomodam são as opiniões dos outros, principalmente se você é marinheira de primeira viagem. Quem me conhece sabe que não sou o tipo de pessoa que gosta de ficar trocando papo furado (sei que é um grande defeito meu, afinal, interagir é preciso). Quando vou cortar cabelo, gosto de lugares onde não falem muito. Cansei de ir a salões onde a manicure fica falando e quando fala (com os outros) simplesmente pára de fazer o que está fazendo. O tempo é muito precioso para mim e quando vou ao salão, quero relaxar. Não quero ficar trocando idéia - principalmente falar coisas sobre novelas e reality shows. O mesmo acontece depois que você tem bebê. Já são muitas mudanças. Se você ainda é marinheira de primeira viagem, aparece a insegurança e as opiniões dos outros realmente incomodam, ainda mais porque geralmente não são construtivas. Pior ainda são as opiniões misturadas com os mitos populares que não tem nem pé nem cabeça. Já ouvi cada barbaridade! Falaram para eu enterrar o "umbigo" que caiu em uma fazenda (eu ia jogar fora sem nem pensar), falaram que soluço é porque o bebê está com frio, que soluço se resolve colocando uma bolinha vermelha na testa do bebê, (as pessoas realmente acreditam nisso!) ... enfim... fora as opiniões de pessoas que chegam de para quedas. As visitas chegam em casa, olham o bebê chorando e falam que é cólica, que está com fome, que o leite que estou dando não é o suficiente, que é para dar chazinho (o pediatra proibiu isso)... enfim... não são elas que passam o dia inteiro com o bebê e é fácil chegar cornetando. Sei que todos querem ajudar e sou muito grata a atenção de todos, mas esse tipo de crítica não ajuda. Até porque perguntei as coisas ao pediatra e ele me dá respostas sensatas. Pior ainda são as pessoas que chegam e ficam balançando o bebê pra lá e pra cá. Claro que o bebê gosta, mas depois de madrugada quando está só eu e meu marido com os braços doloridos elas não estão. Portanto, quando falo para não balançarem com ar de autoridade, algumas pessoas podem se ofender. Nem ligo mais. O filho é meu e quem disciplina sou eu. É preciso impor limites. Mas estou falando tudo isso não apenas para desabafar, mas para que as pessoas que rodeiam grávidas e recém-mães dêem apoio verdadeiro ao novo casal, isso transmite confiança e consequentemente o bebê fica mais tranquilo.

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